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Brasil assina acordo para criar polo de inovação em distrito tecnológico da China

Negociação ocorre no contexto da viagem de uma comitiva brasileira ao gigante asiático.
Brasil assina acordo para criar polo de inovação em distrito tecnológico da ChinaVice-presidência da República Federativa do Brasil

Nesta quarta-feira, o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin assinou acordos bilaterais que prevêem a criação, no distrito de Yangpu, da Casa Brasil - um polo de fomento de comércio e investimentos entre o Brasil e a China. A região é internacionalmente conhecida por sediar gigantes na área da tecnologia, como o TikTok.

''A Casa Brasil pode ser o lugar onde empresas chinesas se instalem para parceria com empresas brasileiras, para a produção de produtos de manufaturas'', declarou Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Ele estima que a iniciativa seja aberta antes do final de 2024, com a participação da iniciativa privada brasileira.

Café brasileiro no gigante asiático

Além do memorando sobre o hub em Yangpu, Alckmin assinou um acordo que prevê a promoção e a comercialização do café brasileiro na Luckin Coffee - a maior rede de café da China, com 16 mil lojas no país. De acordo com informações do Planalto, ''o acordo prevê a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela rede, no valor cerca de U$ 500 milhões''.

As negociações ocorrem no contexto da viagem de uma delegação de ministros e mais de 200 empresários brasileiros para a China. A comitiva, liderada pelo vice-presidente, tem por objetivo "fortalecer laços, estabelecer cooperação em várias áreas e abrir mercados para produtos brasileiros", de acordo com informações oficiais. 

''É um desafio para o Brasil aumentar a sua produção agrícola e abastecer o seu mercado interno. Por isso que a gente tem procurado conhecer mais a experiência chinesa - uma experiência muito importante, que tirou mais de 800 milhões de pessoas da pobreza extrema e também conseguiu levar assistência técnica e mecanização para o campo chinês'', declarou Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar que integra a comitiva, nesta quarta-feira.