Hungria opõe-se a sanções da União Europeia à energia russa

Em meio à disparada dos preços da energia, o país europeu manifestou-se contra as tarifas sobre os produtos energéticos da Rússia.

O ministro das Relações Exteriores e do Comércio da Hungria, Peter Szijjarto, expressou nesta quarta-feira a sua preocupação em um fórum sobre energia realizado em Baku, no Azerbaijão, sobre a intenção da União Europeia de taxar as exportações de energia da Rússia, considerando a ideia defendida pelo bloco europeu "ultrajante", informou a RIA Novosti.

"Analisando os preços da energia, rejeitamos quaisquer sanções. Agora, há tentativas na Europa de introduzir "taxas protetoras" sobre alguns transportadores de energia, o que torna mais caro garantir a segurança energética de determinados países. Para nós, isso é ultrajante e completamente inaceitável", enfatizou.

Além disso, o poítico acrescentou que todas as medidas que impedem a cooperação energética internacional "desimpedida, justa e livre" devem ser canceladas.

Nesse contexto, na segunda-feira, o primeiro-ministro da Hungria qualificou a União Europeia como "um trem pró-guerra sem freios e com um motorista enlouquecido", apontando o risco de levar o conflito entre a Rússia e Ucrânia a uma escalada.

Após o início da operação especial russa na Ucrânia, os países ocidentais aumentaram a pressão das sanções sobre Moscou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, observou que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, mas as sanções causaram um sério golpe em toda a economia global. A Chancelaria russa, por sua vez,  classificou as restrições dos EUA como um claro "tiro no pé", perigosas não apenas para os norte-americanos, mas também para seus vizinhos.