O vice-presidente do Conselho de Ministros da Itália, Matteo Salvini, expressou na segunda-feira, em nome de seu país, uma rejeição ao conflito na Ucrânia com o envolvimento de militares ou armamento europeu.
Durante um comício na cidade de Bari em apoio a um candidato de centro-direita à prefeitura dessa cidade, Salvini enviou uma mensagem ao presidente francês, Emmanuel Macron. "Se quiser ir para a guerra, coloque um capacete, vista um colete e vá para a Ucrânia", mas não se meta com os italianos, já que "queremos viver em paz", manifestou.
O político propôs reservar a guerra para Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a OTAN, sobre a qual lembrou que, no papel, é uma "Aliança Atlântica defensiva". Os italianos têm uma "escolha clara", que "nunca um projétil, nunca uma bomba italiana deve ser enviada para matar na Rússia, para bombardear a Rússia", declarou Salvini.
"Não queremos a Terceira Guerra Mundial à nossa porta", acrescentou, alertando que, se Roma cedesse à pressão da União Europeia, lhe entregaria a soberania em matéria militar. Nesse caso, "amanhã Macron e os loucos já estariam enviando nossos filhos para o matadouro", alertou.
- Na semana passada, Salvini descreveu o alto representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, como "outro desses 'incendiários'" por seu desejo de que a Ucrânia atacasse o território russo com armas fornecidas pelo Ocidente.
- Por sua vez, a primeira-ministra italiana, Geórgia Meloni, recomendou recentemente ao secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, a ser mais cauteloso em suas declarações que incentivam o uso de armas ocidentais contra o território russo.