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Zelensky critica a China por sua posição na 'cúpula de paz' da Ucrânia

De acordo com o líder ucraniano, Pequim "está trabalhando duro hoje para impedir que os países participem" do evento.
Zelensky critica a China por sua posição na 'cúpula de paz' da UcrâniaTT News Agency/Alamy Live News

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, acusou Pequim de "atrapalhar" a chamada 'cúpula de paz' a ser realizada na Suíça este mês.

"Os EUA têm contatos com alguns países e os incentivam a participar da cúpula de paz. Infelizmente, a China hoje está trabalhando duro para impedir que os países participem da cúpula de paz. Há uma grande diferença entre essas duas posições", disse durante uma coletiva de imprensa em Singapura.

Além disso, Zelensky acusou Pequim de "ser uma ferramenta" nas mãos do presidente russo Vladimir Putin. Nesse sentido, comentou que "infelizmente, a Rússia, usando a influência chinesa na região, usando diplomatas chineses, está fazendo todo o possível para atrapalhar a cúpula de paz".

"É lamentável que um país tão grande, independente e poderoso como a China seja uma ferramenta nas mãos de Putin", acrescentou.

Ao mesmo tempo, o líder ucraniano criticou a iniciativa proposta pelo Brasil e pela China, que delineia um caminho para o fim do conflito entre Moscou e Kiev. "Com todo o respeito devido a qualquer país: nem a China, nem o Brasil, nem ninguém está totalmente ciente do que a Rússia trouxe com sua guerra para o território do Estado", salientou.

"Ninguém tem o direito de nos dizer como essa guerra deve terminar. Ela deve terminar de acordo com a lei, o direito internacional e a justiça", disse Zelensky.

A China não participará do evento

Na sexta-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, informou que Pequim "dificilmente poderá participar" da cúpula organizada pela Ucrânia.

"A China sempre defende que a conferência internacional de paz deve atender aos três elementos importantes de reconhecimento tanto da Rússia quanto da Ucrânia, participação igualitária de todas as partes e discussão justa de todos os planos de paz. Caso contrário, a conferência de paz dificilmente poderá desempenhar um papel substancial na restauração da paz", declarou durante uma coletiva de imprensa.

Segundo ela, "não parece que os três elementos propostos pela China serão cumpridos". "Há uma aparente lacuna entre a organização da reunião e o que a China defende, bem como a expectativa universal da comunidade internacional. Nesse caso, a China dificilmente pode participar da reunião e informou as partes relevantes sobre nossas considerações e preocupações", enfatizou.