O movimento palestino Hamas afirmou nesta sexta-feira que "considera positivamente" o que foi incluído na proposta de "cessar-fogo permanente" em Gaza, apresentada ainda hoje pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
"O Hamas confirma sua disposição de lidar positivamente e de maneira construtiva com qualquer proposta baseada no cessar-fogo permanente e na retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza, na reconstrução de Gaza e no retorno dos deslocados a seus lares, juntamente com o cumprimento de um autêntico acordo de troca de prisioneiros se a ocupação anunciar claramente seu compromisso com esse acordo", disse o grupo palestino em um comunicado.
Em um discurso na Casa Branca, Biden anunciou que as autoridades israelenses apresentaram ao Hamas um acordo de três fases que encerraria as hostilidades na Faixa de Gaza e garantiria a libertação dos reféns detidos no enclave costeiro.
Nesse sentido, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou a proposta, instando "todas as partes a aproveitarem essa oportunidade para um cessar-fogo, a libertação de todos os reféns, a garantia de acesso humanitário sem obstáculos e, por fim, uma paz duradoura no Oriente Médio".
Israel insiste em objetivos de guerra
Por sua vez, o Gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou, logo após o discurso de Biden, que as Forças de Defesa de Israel (FDI) continuarão lutando até terem "eliminado" a capacidade do Hamas de governar Gaza e representar uma ameaça militar.
"O primeiro-ministro autorizou a equipe de negociação a apresentar uma proposta para esse fim, que também permitiria que Israel continuasse a guerra até que todos os seus objetivos fossem alcançados, incluindo a destruição das capacidades militares e de governo do Hamas", afirmou.