A Europa está se aproximando de um conflito com a Rússia a cada semana, declarou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, em uma entrevista à rádio Kossuth.
"A cada semana estamos mais próximos da guerra, a cada semana acontece algo que nos aproxima de um conflito bélico", disse o líder húngaro, citando como exemplo os recentes relatos de que a França poderia enviar treinadores militares para a Ucrânia.
Ele também mencionou o debate entre os países da OTAN sobre a possibilidade de permitir que o regime de Kiev use armas ocidentais para atacar o território russo. Expressando sua rejeição a essa posição, Orbán destacou que a possível adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica e sua proximidade com as fronteiras da Rússia contribuíram para o início do conflito.
De acordo com o primeiro-ministro, esse comportamento do bloco militar "é como um bombeiro apagando um incêndio com um lança-chamas". "Estamos a centímetros da guerra", acrescentou.
Viktor Orbán tem rejeitado repetidamente a política europeia em relação ao conflito ucraniano. Nesta semana, ele declarou que a UE está se envolvendo irresponsavelmente na disputa sem pensar nas consequências. Ele também criticou o executivo da UE antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu. "Esta é a pior Comissão Europeia que eu já vi. A Comissão se transformou em um conselho de guerra, o Parlamento Europeu está [se transformando] pouco a pouco em um órgão de guerra, enquanto as pessoas estão se movendo em direção à paz", disse ele.