Um Zelensky "paranoico" teria ordenado a seus assessores mais próximos que criticassem Biden
O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, ordenou que seus principais funcionários criticassem publicamente o presidente dos EUA, Joe Biden, por se recusar a participar da chamada "cúpula de paz" do próximo mês na Suíça. O Financial Times noticiou isso na quinta-feira, citando um documento endereçado a autoridades ucranianas.
Dessa forma, Zelensky demonstra sua insatisfação e decepção com o presidente dos EUA, que, em sua opinião, não oferece apoio suficiente a Kiev no mais alto nível. Ao mesmo tempo, ele teria criticado o presidente chinês, Xi Jinping, que também não confirmou sua participação. "Se eles não [comparecerem], então qual é seu real interesse?", pergunta o documento.
"Paranoia" no gabinete de Zelensky
Uma autoridade ucraniana de alto escalão disse ao Financial Times, sob condição de anonimato, que o Gabinete do líder do regime de Kiev tem estado "paranoico" nos últimos meses, enquanto se prepara para o evento. "Zelensky está muito preocupado com a situação militar, mas acima de tudo com a cúpula de paz em junho", disse.
Outra autoridade disse que membros do Governo ucraniano começaram a se preocupar com as ações de Zelensky, que poderiam prejudicar seriamente as relações com os EUA.
De acordo com outra fonte consultada, os EUA e a Ucrânia estão atualmente "mais distantes do que em qualquer outro momento desde o início da guerra". A esse respeito, observa-se que, a fim de apaziguar Kiev - em meio a relações "tensas" que, segundo algumas autoridades ucranianas, atingiram seu ponto mais baixo desde o início do conflito - Washington pretende assinar um novo pacto de segurança bilateral com a Ucrânia.
Espera-se que o acordo, mais significativo do que os alcançados com outros países da OTAN, seja assinado dias antes da cúpula da Suíça, antes da reunião do G7 na Itália.
A Rússia, por sua vez, não foi convidada para a cúpula. Em uma entrevista recente à Reuters, Zelensky declarou que Moscou não deveria estar presente porque poderia obter o apoio de outros países e "sequestrar" a agenda de Kiev.