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China não participará da "cúpula de paz" de Zelensky

O Ministério das Relações Exteriores chinês argumenta que há uma "clara lacuna" entre a agenda da conferência e as expectativas de Pequim e do mundo.
China não participará da "cúpula de paz" de ZelenskyGettyimages.ru / Michael Kappeler / picture alliance /

Será "difícil" para a China participar da chamada "cúpula de paz" da Ucrânia na Suíça no próximo mês, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês na sexta-feira.

A porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, disse em uma coletiva de imprensa que há uma "clara lacuna" entre a agenda da conferência e as expectativas de Pequim e do mundo.

Enquanto isso, o chanceler chinês Wang Yi e seu homólogo da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, enfatizaram durante uma reunião que a conferência deve ter "participação igualitária das partes envolvidas" e deve ser dedicada a uma discussão justa sobre diferentes variantes de resolução de conflitos, segundo um comunicado divulgado na sexta-feira.

No início do dia, a Reuters informou, citando suas fontes, que a China não participará da cúpula. Três dos interlocutores da mídia disseram que a China se recusou a participar da conferência "porque as condições para sua participação não foram atendidas, incluindo a participação da Rússia e da Ucrânia".

  • A Rússia não foi convidada para o evento para discussões. Em uma entrevista recente à Reuters, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, declarou que Moscou não deveria estar presente na cúpula porque poderia "obter o apoio de outros países" e "sequestrar a agenda de Kiev".
  • Na semana passada, a Bloomberg informou que era improvável que o presidente dos EUA, Joe Biden, participasse da conferência sobre a Ucrânia, já que estava programado para participar de um evento de arrecadação de fundos para sua campanha na Califórnia.
  • A "fórmula de paz" de Zelensky consiste em dez pontos, que foram apresentados em 2022, e inclui a exigência de que Moscou retire todas as suas tropas e restaure a "integridade territorial" total da Ucrânia. A proposta foi descrita como "inaceitável" pela Rússia, pois ignora completamente a realidade no terreno.