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WP: Zelensky demite vários funcionários próximos aos EUA

Os demitidos eram "reformadores que estavam dispostos a combater a corrupção em seus próprios ministérios", segundo o jornal.
WP: Zelensky demite vários funcionários próximos aos EUAGettyimages.ru / Thierry Monasse

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, demitiu vários funcionários de alto escalão considerados próximos aos Estados Unidos, noticiou nesta quinta-feira o Washington Post, citando um grande grupo de formuladores de políticas na Ucrânia, em Washington e na União Europeia.

Segundo o veículo, os demitidos eram "funcionários reformistas que estavam dispostos a combater a corrupção em seus próprios ministérios e que pareciam especialmente próximos de Washington". De acordo com o documento, a decisão "alarmou" as autoridades norte-americanas.

O jornal não revelou o número de pessoas afetadas ou seus nomes. No entanto, a demissão de Alexander Kubrakov, que havia se concentrado na infraestrutura e na reconstrução da Ucrânia, foi mencionada e descrita pelos consultados como "particularmente alarmante".

Fissuras entre Kiev e Washington

O relatório surge em meio aos avanços russos na província de Kharkov. Esse cenário evidenciou as divergências entre Kiev e os EUA e seus aliados europeus. Um dos aspectos que destacam esse rompimento é a corrupção dentro do regime de Zelensky.

Durante uma recente visita à capital ucraniana, onde tocou violão e cantou, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu às autoridades que fizessem mais para combater a corrupção. "As defesas da Ucrânia contra a corrupção precisam ser tão fortes quanto suas defesas militares", disse. Segundo as fontes do jornal, esses comentários "ofenderam" os líderes ucranianos. "Em uma reunião com Zelensky, o presidente ucraniano ficou furioso", diz a nota.

Além disso, a nota observa que algumas autoridades de Kiev culparam os sucessos militares da Rússia pela recusa de Washington em lhes permitir realizar ataques de longo alcance em território russo, enquanto outros citaram o atraso de meses do Congresso dos EUA na aprovação de um pacote de ajuda militar de 61 bilhões de dólares.