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Nicarágua apoia plano proposto pela China e pelo Brasil para uma solução política para a crise na Ucrânia

País centro-americano defendeu a realização de "uma conferência internacional de paz, reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia".
Nicarágua apoia plano proposto pela China e pelo Brasil para uma solução política para a crise na UcrâniaJENS KALAENE

O Governo da Nicarágua expressou nesta quinta-feira seu apoio à iniciativa proposta pelo Brasil e pela China, na qual eles traçam um caminho para o fim do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia.

Em um comunicado oficial, Manágua declarou que apoia o "consenso alcançado" entre Brasília e Pequim, que consiste em seis pontos. O documento foi assinado na semana passada por Celso Amorim, assessor especial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

As autoridades nicaraguenses lembraram que um deles pede a todos os países envolvidos aderirem aos "três princípios para a desescalada da situação": não ampliar o campo de batalha, não aumentar os combates e não se envolver em provocações.

Ao mesmo tempo, destacaram que "o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia". A Nicarágua defendeu a realização de "uma conferência internacional de paz" que teria que ser "reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia" e servir como plataforma para uma "discussão justa de todos os planos" para o fim das hostilidades.

Manágua citou ainda o ponto que enfoca a necessidade de aumentar a ajuda humanitária às regiões afetadas para evitar uma crise humanitária de maior escala, a troca de prisioneiros de guerra e a rejeição de ataques contra instalações e civis.

Além disso, as autoridades do país centro-americano apoiaram a condenação do uso de armas de destruição em massa, tais como armas nucleares, químicas ou biológicas; o fim dos ataques a usinas nucleares; bem como a oposição à divisão do mundo em grupos políticos ou econômicos isolados, entre outras nuances estabelecidas no documento elaborado pela China e pelo Brasil.

"Continuaremos fortalecendo nossas relações"

Ainda neste mesmo dia, o Governo da Nicarágua emitiu um comunicado em separado, em nome do Ministério das Relações Exteriores do país, dirigido ao chanceler chinês Wang Yi, no qual ressalta que Manágua "compartilha a posição" de Pequim "sobre a solução política para a crise na Ucrânia".

"Estamos anexando aqui um comunicado emitido pelo Governo de Reconciliação e Unidade Nacional da República da Nicarágua, datado de 29 de maio de 2024, e ratifica seu compromisso de continuar fortalecendo nossas relações bilaterais, bem como nossa cooperação em diferentes fóruns e organizações multilaterais", concluíram.