A OTAN, perto da fronteira russa, está praticando ataques nucleares contra o território da Rússia, declarou Vladimir Kulishov, chefe do Serviço de Fronteira do Serviço Federal de Segurança russo (FSB), em entrevista à RIA Novosti.
"Perto da fronteira russa, a atividade de reconhecimento da OTAN está aumentando, a intensidade das atividades de treinamento operacional de combate das tropas da Aliança está crescendo, durante as quais são realizadas simulações de cenários de combate contra a Federação Russa, incluindo o lançamento de ataques nucleares contra nosso território", disse o general.
De acordo com Kulishov, essa situação exige a adoção de medidas correspondentes para defender e proteger as fronteiras do país.
A OTAN está atualmente na fase final de seus maiores exercícios militares desde a Guerra Fria, o 'Steadfast Defender 2024', que começou em 31 de janeiro e será concluído este mês. Os exercícios envolvem mais de 50 navios —de porta-aviões a destróieres— mais de 80 caças, helicópteros e drones, bem como pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de combate de infantaria. Além disso, cerca de 90.000 soldados dos 31 estados-membros da Aliança Atlântica, bem como da Suécia, participarão.
Para não "perder o golpe"
Moscou denunciou que, por meio dessas manobras, nas quais são usadas armas híbridas e convencionais, a OTAN está se preparando para "um possível conflito" com a Rússia. Em resposta, em 21 de maio, Moscou deu início à primeira fase de exercícios com treinamento prático na preparação e no uso de armas nucleares não estratégicas, aos quais as forças da Belorus se juntaram.
Durante a recente visita oficial do presidente russo, Vladimir Putin, a Minsk, seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que os exercícios militares conjuntos estão sendo realizados como preparação para não "perder o controle". Por sua vez, Putin enfatizou que Moscou respeita todas as normas e compromissos no campo das armas nucleares. "Não há nada incomum em comparação com as atividades do bloco da OTAN", afirmou.