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Filho de Netanyahu compartilha vídeo incitando motim contra o ministro da Defesa de Israel

Reservista israelense disse que o ministro da Defesa, Yoav Gallant, não pode vencer a guerra em Gaza e exigiu que ele renunciasse.
Filho de Netanyahu compartilha vídeo incitando motim contra o ministro da Defesa de IsraelX / @YinonMagal

O filho do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, envolveu-se em uma nova controvérsia depois que vários meios de comunicação locais informaram que Yair Netanyahu compartilhou em sua conta do Telegram, no último fim de semana, um vídeo de um reservista israelense incitando um motim contra o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, a menos que Israel obtenha vitória total na Faixa de Gaza.

O vídeo, inicialmente postado no X na última sexta-feira pelo jornalista israelense Yinon Magal, mostra um soldado mascarado convocando uma rebelião contra o chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Falando em hebraico, o homem afirmou que os soldados da reserva das FDI não "entregarão as chaves" da Faixa de Gaza à "Autoridade Palestina" ou a qualquer outra "entidade árabe". "Os soldados da reserva o apoiam e queremos a vitória", disse, dirigindo-se ao primeiro-ministro israelense.

"Ficaremos aqui até o fim. Até a vitória", disse o homem uniformizado. O soldado então se dirigiu ao ministro da Defesa israelense, exigindo que ele renunciasse. "Yoav Gallant, você não pode vencer a guerra; renuncie, você não pode nos comandar", afirmou, alertando que os reservistas ouvirão "apenas um líder, não o ministro da Defesa ou o chefe do Estado-Maior, mas o primeiro-ministro".

Resposta das FDI

Após o vídeo ter sido compartilhado pelo filho de Netanyahu, o Gabinete do primeiro-ministro condenou a mensagem do homem uniformizado. Um porta-voz das FDI chamou a declaração de "uma grave violação das ordens e dos valores das FDI", assegurando que "constitui suspeita de delitos criminais", motivo pelo qual foi ordenada uma investigação. Como resultado, uma pessoa, cujo nome não foi divulgado, foi presa.

De acordo com a mídia local, a divulgação do vídeo, compartilhado por Yair Netanyahu, pode constituir um crime de sedição punível com até cinco anos de prisão. Vale a pena mencionar que o filho de Netanyahu já o removeu de suas redes sociais.