A Duma Estatal russa ratificou nesta terça-feira um acordo intergovernamental entre a Rússia e a China para colaborar na criação da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), assinado em 25 de novembro de 2022.
Segundo o documento, o pacto atende aos interesses da Rússia, pois fortalecerá sua "parceria estratégica" com a China, além de ajudar a desenvolver suas atividades espaciais e consolidar sua liderança "na exploração espacial, incluindo a implementação de trabalhos sobre a exploração e o uso da Lua".
O acordo também estabelece a estrutura para uma base organizacional, legal e estratégica para a construção e o uso do ILRS, cuja missão é realizar pesquisas multidisciplinares e multiuso na superfície do nosso satélite.
A cooperação entre Moscou e Pequim contribuirá para melhorar a eficiência da pesquisa da estação lunar, reduzindo os custos. Além disso, ajudará a evitar possíveis riscos técnicos e financeiros na implementação de projetos destinados à exploração e ao aproveitamento da Lua.
O vice-diretor geral de cooperação internacional da Roscosmos, Sergey Savelyev, disse à Duma que, até o momento, 12 países aderiram ao programa para a criação do ILRS, incluindo Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Paquistão, Belarus e Turquia.
Organizações internacionais relacionadas ao espaço também aderiram, disse Savelyev. O funcionário da Roscosmos explicou que não vê nenhuma "probabilidade de uma ameaça de divisão se países hostis" decidirem participar do projeto da estação lunar.
Em março de 2021, as autoridades chinesas e russas lançaram oficialmente o programa ILRS. Em junho do mesmo ano, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) e a Roscosmos apresentaram um roteiro conjunto para a construção da estação lunar, com vistas a 2030.