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"Haverá mais demissões, com certeza": porta-voz de Milei ratifica mais cortes no Estado

Manuel Adorni ressaltou que a redução de pessoal em escritórios públicos é "quase como um processo permanente e eterno".
"Haverá mais demissões, com certeza": porta-voz de Milei ratifica mais cortes no EstadoGettyimages.ru / Marina Espeche/NurPhoto

O Governo argentino de Javier Milei confirmou nesta segunda-feira que haverá mais demissões em órgãos estatais a partir do próximo mês.

"Haverá mais demissões, com certeza", disse o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, em sua habitual coletiva de imprensa.

De acordo com o porta-voz, essas demissões em repartições públicas têm a ver com uma próxima revisão dos contratos que vencem em 30 de junho, como parte de uma "limpeza da fábrica do Estado".

"Na verdade, isso continuará a acontecer quase como um processo permanente e eterno, revisando o funcionamento de certas áreas, o valor que elas agregam, se o quadro de pessoal está correto e, se não estiver, será corrigido", disse Adorni em resposta à pergunta de um jornalista.

Todos sob avaliação

Na mesma linha, o porta-voz do Governo libertário disse que é "saudável" analisar "cada uma das áreas, cada um dos cantos do Estado e ver se estão de fato funcionando bem com os recursos alocados ou não".

Adorni referiu-se ainda aos ministros do Governo, após o presidente Milei ter dito na semana passada que todos eles estão sendo "avaliados", em meio a rumores de uma possível saída do chefe de gabinete Nicolás Posse.

"Talvez, quando o presidente falou naquela entrevista, tenha sido entendido que em algum momento haveria uma avaliação e, nesse caso, haveria uma mudança de ministros. E me parece que isso pode acontecer hoje, pode acontecer daqui a três meses, ou pode nunca acontecer. Porque a avaliação é permanente e também porque é razoável que seja assim", afirmou.

Em março, Adorni anunciou que o Governo realizaria demissões em massa de funcionários públicos como parte da política de 'motosserra' de privatização de empresas estatais e fechamento de órgãos e instituições públicas.

Diante dessas políticas, sindicatos como a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) têm realizado manifestações, greves e assembléias permanentes.