Uma testemunha do ataque israelense a Rafah no domingo, que deixou pelo menos 45 pessoas mortas e mais de 200 feridos em um campo de refugiados, contou à Reuters algumas das consequências que presenciou.
"Os ataques aéreos queimaram as barracas, as barracas estão derretendo e os corpos das pessoas também estão derretendo", afirmou.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que seu hospital de campanha em Rafah está recebendo um grande número de vítimas do bombardeio, assim como outros centros médicos da região.
Enquanto isso, Sami Abu Zuhri, uma autoridade do Hamas, classificou o ataque de "massacre", apontando os EUA como um dos culpados por ajudar Israel com suprimentos de armas e dinheiro.
O ataque
As Forças de Defesa de Israel disseram no domingo que o ataque teve como alvo uma área controlada por milicianos do Hamas. O atentado matou Yassin Rabia, comandante da liderança do Hamas na Judeia e Samaria, e Khaled Nagar, membro de alto escalão da ala do Hamas na Judeia e Samaria.
Segundo o comunicado, "o ataque foi realizado contra alvos legítimos sob a lei internacional, usando munições precisas e com base em informações precisas que indicam o uso da área pelo Hamas".
Além disso, Israel confirmou que estava ciente de relatos de disparos como resultado do bombardeio, no qual "vários civis na área foram feridos" e disse que "o incidente está sendo investigado".