Ministro das Finanças da Rússia revela medidas a serem tomadas caso o Ocidente roube ativos russos

O presidente Vladimir Putin ordenou na semana passada a criação de um procedimento especial para compensar Moscou pelos danos causados pelas "ações hostis" dos EUA.

A Rússia confiscará os ativos mantidos pelos países ocidentais em seu território para compensar o confisco dos ativos russos por essas nações, declarou o Ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, comentando o decreto presidencial relevante.

De acordo com o funcionário de alto escalão, se o Ocidente concretizar seus planos declarados, Moscou procederá da mesma forma.

"Se eles tirarem nossa propriedade, ou seja, os fundos, as reservas que os países ocidentais querem tirar ou usar os lucros [gerados pelos ativos russos congelados], responderemos da mesma forma, tiraremos todos os ativos que os países ocidentais têm na Rússia", disse Siluanov a um jornalista local.

"Não fomos nós que iniciamos o processo, mas estamos respondendo com as mesmas medidas às decisões dos países ocidentais", disse Siluanov.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou na quinta-feira um decreto sobre o procedimento para compensar a Rússia e o Banco Central do país por danos causados por "ações hostis" dos EUA. Entre outras coisas, o decreto permitiu o uso de propriedades dos EUA em território russo para compensar a apreensão de ativos russos nos Estados Unidos.

O presidente dos EUA , Joe Biden, assinou o projeto de lei que permite a apreensão de ativos russos congelados em favor da Ucrânia em abril, após a iniciativa ter sido aprovada pelo Congresso. O Kremlin advertiu repetidamente que tal medida seria "um roubo realmente direto".

Os Estados-membros da UE aprovaram na semana passada um plano para usar os lucros gerados pelos ativos russos congelados para a recuperação do setor militar ucraniano.

Moscou denunciou isso como uma medida contrária às regulamentações financeiras internacionais e enfatizou que haveria uma resposta apropriada.