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Israel ameaça Espanha: "Aqueles que nos prejudicam, nós os prejudicaremos de volta"

Em retaliação ao anúncio da Espanha de reconhecimento do Estado da Palestina, o país judeu proibiu o Consulado espanhol em Jerusalém de atender palestinos a partir de 1º de junho.
Israel ameaça Espanha: "Aqueles que nos prejudicam, nós os prejudicaremos de volta"AP / Abir Sultan

Na manhã de segunda-feira, o Governo israelense ameaçou "prejudicar" aqueles que os prejudicam, afirmando que "os tempos da Inquisição acabaram", em uma mensagem publicada na rede social X pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz.

O chanceler israelense disse que seu Governo não permaneceria "em silêncio" diante de um Governo "que recompensa o terror e cujos líderes Pedro Sánchez [primeiro-ministro espanhol] e Yolanda Díaz [segunda vice-presidente e ministra do Trabalho] entoam o slogan antissemita 'Do rio ao mar, a Palestina será livre'".

Katz advertiu que aqueles que "recompensam o Hamas e tentam estabelecer um Estado terrorista palestino não terão contato com os palestinos".

Na mesma publicação, o ministro das Relações Exteriores de Israel também publicou a ordem de seu Ministério, na qual uma reclamação foi enviada à embaixada da Espanha sobre a decisão do país europeu de reconhecer o Estado palestino, que será implementada na terça-feira desta semana.

A nota também proíbe o Consulado Geral da Espanha em Jerusalém de prestar serviços aos residentes da Autoridade Palestina sem a permissão por escrito do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

A chancelaria do país judeu conclui ameaçando que, se essa política, que entrará em vigor em 1º de junho, não for respeitada, "o Ministério não hesitará em tomar outras medidas".

As relações entre os dois países estão em seu ponto mais tenso após Sánchez ter anunciado na semana passada que a Espanha reconheceria o Estado palestino na terça-feira, em coordenação com a Irlanda e a Noruega.

Israel reagiu imediatamente, chamando de volta seus embaixadores nos três países europeus para consultas e expressando reclamações formais aos diplomatas das três nações em solo do país judeu.