
China realiza exercícios militares de grande escala perto de Taiwan

A China realizou nesta terça-feira exercícios militares de grande escala em áreas marítimas ao norte de Taiwan. As manobras, conduzidas pelo Comando do Teatro Oriental do Exército chinês, envolveram forças terrestres, aéreas, navais e unidades de mísseis.

Segundo comunicado oficial, os exercícios testaram a capacidade de coordenação entre ar e mar, além de operações integradas de bloqueio e controle. As atividades começaram na manhã de segunda-feira e fazem parte de um amplo treinamento militar na região.
O porta-voz militar Shi Yi afirmou que as manobras representam "um alerta severo às forças separatistas que defendem a independência de Taiwan e buscam apoio externo". De acordo com ele, os exercícios são uma "medida legítima e necessária para proteger a soberania e a unidade nacional da China".
Segundo o comando militar, os treinamentos se concentram em patrulhas de prontidão para combate por mar e ar, obtenção de superioridade conjunta, bloqueio de portos e áreas estratégicas, além de ações de dissuasão em múltiplas frentes.
As manobras ocorrem após os Estados Unidos aprovarem um pacote de ajuda militar a Taiwan avaliado em mais de US$ 11 bilhões (cerca de R$ 67 bilhões). Pequim reagiu afirmando que a medida "viola a soberania, a segurança e a integridade territorial da China" e prometeu uma resposta "firme e contundente".
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Taiwan é administrada de forma autônoma desde 1949, mas o governo chinês considera a ilha parte inalienável de seu território. A maioria dos países, incluindo a Rússia, reconhece Taiwan como parte da República Popular da China.
Diante de declarações de líderes taiwaneses favoráveis à independência, Pequim reafirmou que Taiwan "nunca foi um país e jamais será", reiterando que a ilha integra o território chinês.
Durante as manobras batizadas de "Missão Justiça 2025", o comando militar chinês mobilizou destróieres, fragatas, caças e bombardeiros. As forças realizaram exercícios de identificação e verificação, alerta e expulsão, simulações de ataque, assaltos a alvos marítimos, além de operações antiaéreas e antissubmarinas ao norte e ao sul da ilha.
