O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta segunda-feira (29) as megamanobras militares realizadas pela China nos arredores de Taiwan, que incluem exercícios de bloqueio e dissuasão multidimensional e, segundo Pequim, representam um alerta a forças que defendem a independência da ilha.
"Tenho uma ótima relação com o presidente Xi Jinping e ele não me disse nada a respeito", afirmou Trump durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao ser questionado se Pequim pretende "cercar" a ilha.
Trump acrescentou que nada o preocupa em relação à China e a Taiwan. "Eles fazem exercícios navais naquela região há 20 anos. Agora as pessoas estão encarando isso de forma um pouco diferente", reiterou o presidente.
"Missão Justiça 2025"
O Comando do Teatro Oriental da China iniciou nesta segunda-feira exercícios militares de grande escala nas proximidades de Taiwan, segundo informou o porta-voz do comando, Shi Yi.
De acordo com ele, as manobras, batizadas de "Missão Justiça 2025", estão focadas em patrulhas de prontidão para o combate no ar e no mar, obtenção de superioridade conjunta, além do bloqueio de portos e áreas-chave e da dissuasão multidimensional na região.
O porta-voz enfatizou que os simulacros representam um sério alerta às forças separatistas que buscam a independência de Taiwan e defendem a ingerência externa, além de constituírem "uma medida legítima e necessária para salvaguardar a soberania e a unidade nacional da China".
- Taiwan é autogovernada por uma administração própria desde 1949, enquanto a China considera a ilha uma parte inalienável de seu território. A maioria dos países, incluindo Brasil e Rússia, reconhece Taiwan como parte integrante da República Popular da China.