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Banco Mundial: A economia global está vivendo a sua pior meia década em 30 anos

Relatório do Banco Mundial revela que a economia global continuará reduzindo em 2024.
Banco Mundial: A economia global está vivendo a sua pior meia década em 30 anosImagem gerada por inteligência artificial

Em 2024, a economia global continuará reduzindo pelo terceiro ano consecutivo, para 2,4%, em comparação com 2,6% do ano passado, alerta o Banco Mundial no seu relatório publicado na terça-feira.

Segundo o relatório, as economias em desenvolvimento deverão crescer apenas 3,9%, mais de um ponto percentual abaixo da média da década anterior. Presume-se que os países de baixa renda crescerão 5,5%, um valor mais fraco do que o foi esperado anteriormente. Até ao final de 2024, as pessoas em cerca de um em cada quatro países em desenvolvimento e cerca de 40% dos países de baixo rendimento serão ainda mais pobres do que eram na véspera da pandemia da COVID em 2019. Entretanto, o crescimento das economias avançadas desacelerá para 1,2% este ano, em comparação com 1,5% em 2023.

Portanto, os Governos mundiais comprometeram-se a transformar a economia global até o final desta década, estabelecendo objetivos, incluindo acabar com a pobreza extrema, reduzir a emissão dos gases de efeito de estufa quase o dobro, melhorar a educação para pobres e acabar com a fome.

"Sem uma grande correção de curso, a década de 2020 será considerada uma década de oportunidades desperdiçadas", afirmou Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sénior do Grupo Banco Mundial.

"O crescimento a curto prazo permanecerá fraco, deixando muitos países em desenvolvimento,  especialmente os mais pobres, presos em uma armadilha com níveis paralisantes de dívida e pouco acesso a alimentos para quase uma em cada três pessoas. Isso obstruirá o progresso em muitas prioridades globais. Ainda existem oportunidades para mudar o cenário atual. Este relatório oferece um caminho claro a seguir: descreve a transformação que pode ser alcançada se os governos agirem agora para acelerar o investimento e fortalecer os quadros de política fiscal", explicou Gill.