
Trump diz que conversa com Zelensky foi 'excelente' e que acordo sobre Donbass está próximo

Após se reunir neste domingo (28) com Vladimir Zelensky, líder do regime de Kiev, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a conversa foi "excelente" e que a questão de Donbass ainda não foi resolvida nas negociações para o fim do conflito ucraniano, embora tenha observado que houve progresso no assunto.

"Eu diria que não há um acordo, mas estamos nos aproximando de um", disse Trump ao ser questionado pela imprensa se a questão de como traçar "uma linha divisória" em Donbass havia sido resolvida.
"É uma questão importante e complicada, sem dúvida", afirmou Trump. "Acho que estamos mais perto de uma solução do que provavelmente estávamos. [Mas a questão] ainda não está resolvida", enfatizou.
Donbass faz parte da Rússia
Moscou afirmou repetidamente que a região de Donbass faz parte do território russo.
Em 9 de dezembro, o presidente russo Vladimir Putin declarou que isso é "um fato histórico".
"É nosso território histórico, sem dúvida. A Rússia foi criada de tal forma que esta [terra] sempre fez parte da Rússia", afirmou o presidente. É "algo natural, um fato histórico", disse o mandatário russo.
Por sua vez, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, esclareceu à ABC news que Moscou não fará concessões territoriais no conflito ucraniano, pois isso "implicaria uma revisão de um elemento fundamental do Estado russo".
Proposta dos EUA
O plano de paz elaborado anteriormente pelos Estados Unidos para resolver o conflito ucraniano, e citado na mídia, inclui:
- O reconhecimento da Crimeia e de Donbass como território russo legítimo;
- A renúncia por Kiev a diversas categorias importantes de armamento e garantias de que a Ucrânia cederá toda a região de Donbass à Rússia;
- A classificação do russo como língua oficial;
- E o reconhecimento formal da Igreja Ortodoxa Ucraniana, atualmente perseguida.
Além disso, o plano estipula que a Ucrânia não ingressará na OTAN, prevê a retirada gradual das sanções impostas à Rússia e a realização de eleições presidenciais em 100 dias após a entrada em vigor do documento, bem como uma redução no tamanho das forças armadas ucranianas.

