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Kremlin se manifesta após ligação telefônica entre Putin e Trump

Os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos conversaram por telefone antes do encontro entre o mandatário norte-americano com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky.
Drew Angerer/Sputnik/Mikhail Klimentyev/Gettyimages.ru

A conversa telefônica entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, iniciada pelos Estados Unidos neste domingo (28), durou uma hora e 15 minutos, informou Yuri Ushakov, assessor do Kremlin.

"A principal conclusão é que os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos compartilham, em geral, a mesma visão de que a opção proposta pelos ucranianos e europeus — um cessar-fogo temporário sob o pretexto de preparar um referendo ou outros pretextos — só leva a um prolongamento do conflito e acarreta o risco de retomada das hostilidades", observou Ushakov.

Trump ouviu os argumentos da Rússia e confirmou que se guiará pelos acordos alcançados no Alasca. O presidente americano enfatizou a necessidade de pôr fim ao conflito na Ucrânia o mais rápido possível, admitindo que este é o seu maior desafio.

Segundo a fonte oficial, Trump afirmou estar mais uma vez convencido do compromisso da Rússia com uma solução política e diplomática. Os dois líderes combinaram de conversar novamente por telefone após a reunião deste domingo com a delegação ucraniana.

Diálogo sobre o plano de paz

Antes da reunião, Kiev e Washington trocaram versões preliminares do plano de paz para a Ucrânia. O líder do regime ucraniano apresentou uma proposta de 20 pontos que planejava levar aos Estados Unidos, a qual, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, "difere radicalmente" da versão discutida por Washington e Moscou.

Na sexta-feira (26), o presidente dos EUA afirmou que Zelensky "não terá nada" até que obtenha sua aprovação pessoal. De acordo com o portal Politico, Trump "mostrou-se indiferente à última proposta de Zelensky e não tem pressa em endossar" a iniciativa, que inclui o estabelecimento de uma zona desmilitarizada e busca garantias de segurança dos Estados Unidos para a Ucrânia.