O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou que, embora Moscou não tenha intenção de atacar ninguém, qualquer agressão contra o país será respondida de forma contundente.
"Para os políticos europeus pouco perspicazes, a quem espero que mostrem esta entrevista, repito mais uma vez: não é preciso temer que a Rússia ataque alguém. Mas se alguém decidir atacar a Rússia, a resposta será esmagadora", afirmou Lavrov, ecoando alertas públicos feitos anteriormente pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Segundo o chanceler, os círculos governantes da maioria dos países europeus exageram uma suposta "ameaça russa" e incentivam "sentimentos russofóbicos e militaristas na sociedade", apesar de "a Rússia nunca ter tomado iniciativas hostis contra seus vizinhos europeus".
Lavrov também advertiu que qualquer contingente militar europeu enviado ao território ucraniano como parte de uma "coalizão de voluntários" — caso essa decisão venha a ser tomada — será considerado um "alvo legítimo" pelas Forças Armadas russas.
Moscou tem reiterado que não pretende iniciar ofensivas contra países europeus. Em 17 de dezembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que em algumas nações da Europa "se incute nas pessoas" o medo de um suposto confronto inevitável com a Rússia, algo que ele classificou como mentira.
"Já disse isso muitas vezes: trata-se de uma mentira, um disparate, uma verdadeira loucura sobre a alegada ameaça russa aos países europeus. Mas isso é feito de forma totalmente consciente", afirmou Putin.
"A verdade é que a Rússia, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, sempre buscou — até o fim, enquanto houvesse a menor possibilidade — encontrar soluções diplomáticas para divergências e conflitos", concluiu.