O Brasil, através de seu ministério das Relações Exteriores, emitiu na sexta-feira um comunicado oficial exaltando a decisão da Corte Internacional de Justiça, que ordenou que Israel interrompa sua ofensiva militar contra a cidade palestina de Rafah.
"O Governo brasileiro espera que [as medidas adotadas] possam resultar em alívio humanitário urgente para Gaza e em ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de todos os reféns e a retomada de negociações para a solução de dois Estados", lê-se na publicação.
No documento, Brasília também manifesta seu apoio à construção de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967 - ''o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital".
Apoio brasileiro
O Governo Lula é caracterizado por uma defesa intensa da causa palestina, tendo realizado uma série de declarações contrárias às ofensivas israelenses - as quais qualifica como "genocídio".
"Você não tem, na Faixa de Gaza, uma guerra de um exército altamente preparado contra outro exército altamente preparado. Você tem, na verdade, uma guerra de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças", declarou o mandatário em fevereiro, acrescentando que não vai esperar que organizações internacionais tipifiquem as ações como genocídio para que ele as qualifique como tal.
Nesta semana, após três países europeus terem anunciado suas decisões de reconhecer a Palestina como um Estado soberano, o presidente realizou comentários favoráveis. ''[A decisão] faz justiça em relação ao pleito de um todo um povo, reconhecido por mais de 140 países, por seu direito à autodeterminação'', escreveu Lula em seu X.