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Morto no primeiro dia de trabalho: o que se sabe sobre queda de avião publicitário em Copacabana

O piloto, identificado como Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos, faleceu em seu primeiro dia de trabalho para a empresa de propaganda aérea, que é acusada de operar campanha publicitária sem autorização.
Morto no primeiro dia de trabalho: o que se sabe sobre queda de avião publicitário em CopacabanaRedes sociais / Captura de tela

Um ultraleve Cessna 170A caiu no mar próximo à Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, durante um voo publicitário no sábado (27).

O acidente com o tradicional avião puxa-faixa ocorreu pouco depois da decolagem do Aeroporto de Jacarepaguá. O único ocupante da aeronave era o piloto, identificado como Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos, confirmado como falecido pelas equipes de emergência.

Testemunhas relataram que a aeronave afundou rapidamente após o impacto. Um vídeo do incidente mostra o avião levando uma faixa publicitária antes de cair na altura do Posto 4, afundando em poucos segundos.

Segundo especialista citado em reportagem do g1, a causa do acidente decorreu provavelmente de uma falha repentina no sistema de controle ultraleve ou em seu motor. 

"Dá para perceber pelas imagens que a aeronave teve algum tipo de pane, alguma dificuldade pra manter o voo", explica o especialista em gerenciamento de risco Gerardo Portela ao jornal. "No momento dessa pane, o piloto precisa se livrar daquela faixa, porque ela arrasta e pode prejudicar a última chance que ele tem de tentar fazer um pouso forçado tentando planar até alcançar a água." 

Resgate da vítima

Imediatamente após a queda, equipes de resgate do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas, utilizando embarcações, mergulhadores, motos aquáticas e até mesmo drones equipados com sonar para auxiliar na busca, de acordo com a imprensa brasileira.

Após mais de duas horas de buscas, o corpo do piloto foi encontrado e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação.

Informações preliminares divulgadas pelo subprefeito da Zona Sul do Rio, Bernardo Rubião, indicam que o piloto estava em seu primeiro dia de trabalho na empresa responsável pela aeronave e que não tinha experiência com a condução de ultraleves.

Publicidade aérea

A aeronave era operada pela empresa Visual Propaganda Aérea – Eireli, identificada como um empreendimento com mais de 40 anos de atuação no mercado publicitário. Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o ultraleve estava em situação de operacionalidade normal, com todas as manutenções e certificações em dia.

Entretanto, a Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro informou que a empresa não possuía autorização para realizar a campanha publicitária e será multada por publicidade irregular. "A SEOP ressalta que promove fiscalizações periódicas em todas as atividades econômicas no Rio de Janeiro para evitar que este tipo de infração ocorra", apontou a secretaria em nota oficial.

A empresa, que desativou alguns perfis em redes sociais após o incidente, lamentou o acidente e afirmou estar colaborando com as investigações.

"A Visual Propaganda Aérea manifesta seu mais profundo pesar pelo falecimento do piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, ocorrido em trágico acidente aeronáutico", publicou em nota. "Neste momento de imensa dor, a empresa se solidariza com os familiares, amigos e colegas do piloto, colocando-se integralmente à disposição para prestar todo suporte e apoio necessários à família."