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Suposta falta de recursos para eleições é outro truque de Kiev para receber fundos do Ocidente, denuncia Kremlin

Assessor de Zelensky comentou à imprensa ucraniana nesta semana que o país "não tem recursos para financiar eleições", sinalizando recuo das promessas do líder de Kiev, cujo mandado expirou em maio de 2024.
Suposta falta de recursos para eleições é outro truque de Kiev para receber fundos do Ocidente, denuncia KremlinGettyimages.ru / Win McNamee

As recentes declarações de Mikhail Podoliak, assessor de Vladimir Zelensky, de que a Ucrânia não tem recursos financeiros para custear a realização das eleições presidenciais são mais um "truque" para obter dinheiro dos países ocidentais, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta sexta-feira (26). 

"O fato de Kiev recorrer a todos os tipos de truques para receber dinheiro do Ocidente é indiscutível. É uma prática constante", afirmou Peskov.

"Não sei até que ponto a declaração de Podoliak reflete a posição oficial de Kiev, por isso é difícil dizer quem deveria financiar o quê. Por enquanto, não ouvimos nenhuma declaração de Kiev", acrescentou Peskov.

Mandato expirado

  • O assessor de Zelensky, Mikhail Podoliak, afirmou à mídia ucraniana em entrevista publicada na quinta-feira (25) que a Ucrânia não tem recursos para financiar eleições, enfatizando que o orçamento do país está deficitário e que há outras prioridades em pauta, incluindo a militarização.
  • O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, cujo mandato presidencial expirou em maio de 2024, declarou no início de dezembro que estaria pronto para realizar eleições na Ucrânia, caso seus patrocinadores ocidentais garantam a segurança necessária durante o processo. A declaração é associada a declarações do presidente americano, Donald Trump, que já havia questionado a suspensão do pleito no país. "Chega um ponto em que isso deixa de ser uma democracia", declarou Trump, em entrevista ao Politico.
  • O Kremlin respondeu às declarações de Zelensky, enfatizando a contradição de seu alarmismo de uma ameaça de interferência externa no pleito, acompanhada de uma aceitação aberta da interferência dos Estados Unidos.
  • De acordo com um levantamento de opinião na Ucrânia, apenas 27% dos entrevistados acreditam que um pleito possa ocorrer em breve de acordo com normas internacionais.