
Venezuela expressa gratidão à Rússia pelo seu apoio diante das ameaças e agressões dos EUA

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, agradeceu à Rússia nesta quinta-feira (25) pelo apoio que o país euroasiático expressou a Caracas em meio à agressão sem precedentes dos EUA.

"Em nome do Presidente Nicolás Maduro, queremos expressar nossa sincera gratidão ao Governo da Federação da Rússia pelo valioso apoio aos esforços do Presidente Maduro na defesa da soberania e dos interesses do povo venezuelano contra as ameaças e as ações beligerantes e ilegais do governo dos Estados Unidos no Caribe", escreveu em seu canal no Telegram.
"Valorizamos também o seu apoio inabalável na preservação da Zona de Paz no Caribe e na promoção da estabilidade econômica, política e social em toda a região", enfatizou.
Moscou: "A América Latina deve ser uma zona de paz"
Anteriormente, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que "a América Latina deve ser uma zona de paz". Ela defendeu a redução das tensões entre os EUA e a Venezuela, ao mesmo tempo em que reafirmou o apoio de Moscou ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro diante da agressão de Washington.
"Defendemos consistentemente a redução da tensão na situação atual e a manutenção da confiança e da previsibilidade. É importante evitar um cenário destrutivo, e esperamos que o pragmatismo e a racionalidade inerentes ao presidente dos EUA, Donald Trump, permitam soluções mutuamente aceitáveis dentro da estrutura do direito internacional", afirmou.
"Reafirmamos nosso apoio aos esforços do Governo de Nicolás Maduro para proteger sua soberania e interesses nacionais e manter o desenvolvimento estável e seguro de seu país", enfatizou.
Agressões dos EUA
Escalada militar: em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, sob o pretexto de "combater o narcotráfico". Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, matando dezenas de pessoas.
Falsos pretextos: Washington acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto "cartel de drogas". As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
Infiltrações de inteligência: Donald Trump admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, em meados de outubro. Maduro indagou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) [Que] não conspira contra o comandante Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
Postura venezuelana: Maduro denuncia que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
Condenação internacional: O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, sob alegações de "combate ao narcotráfico", que resultaram em pelo menos 100 mortos. Os bombardeios também foram condenados pelos governos de países como Rússia, Colômbia, México e Brasil. Peritos da ONU afirmaram que as ações americanas se tratam de "execuções sumárias", em violação ao direito internacional.

