'América Latina precisa ser um lugar de paz', alerta Moscou

A porta-voz defendeu uma redução da tensões, ao mesmo tempo em que reafirmou o apoio de Moscou ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro diante das agressões de Washington.

"A América Latina deve ser uma zona de paz", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ao comentar a agressão dos Estados Unidos contra a Venezuela.

A porta-voz defendeu uma redução da tensões, ao mesmo tempo em que reafirmou o apoio de Moscou ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro diante das agressões de Washington.

"Defendemos constantemente a distensão da situação atual e a manutenção da confiança e da previsibilidade. É importante evitar um cenário destrutivo, e esperamos que o pragmatismo e a racionalidade inerentes ao presidente americano Trump permitam soluções mutuamente aceitáveis no âmbito do direito internacional", afirmou.

"Reafirmamos nosso apoio aos esforços do governo de Nicolás Maduro para proteger sua soberania e interesses nacionais e manter o desenvolvimento estável e seguro de seu país", enfatizou.

Ameaças a Maduro

Dias antes, em meio às agressões sem precedentes de Washington contra Caracas, Trump declarou que planeja atacar por terra não apenas a Venezuela, mas qualquer lugar de onde "estejam chegando drogas".

"Qualquer lugar de onde estejam chegando drogas. Qualquer lugar. Não apenas a Venezuela", disse ele.

Quando questionado sobre por que Nicolás Maduro deveria levar a sério sua ameaça de ataques terrestres, Trump respondeu que o líder venezuelano "pode fazer o que quiser". "Se ele quiser fazer alguma coisa, se quiser bancar o durão, será a última vez", ameaçou.

EUA pretendem "impor um governo fantoche", afirma Maduro 

Por sua vez, Maduro denunciou que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar das imensas riquezas petrolíferas e galíferas da Venezuela.

Na semana passada, o presidente venezuelano afirmou que Washington estaria tentando conseguir uma mudança de poder na Venezuela e "impor um governo fantoche que não duraria nem 47 horas".

"É uma pretensão belicista e colonialista. Já dissemos isso várias vezes e agora todo mundo vê a verdade. A verdade foi revelada: pretende-se uma mudança de regime na Venezuela para impor um governo fantoche que não duraria nem 47 horas, que entregaria a Constituição, a soberania e toda a riqueza, e transformaria a Venezuela em uma colônia. Simplesmente, isso não vai acontecer", declarou.

Agressões dos EUA