Homem que tentou assassinar Robert Fico exigia "a prestação da ajuda militar para a Ucrânia"

No último sábado, um juiz determinou que o suspeito fosse mantido sob custódia.

Juraj Cintula atirou no primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, na semana passada porque, dentre outros motivos, se opõe à política do Governo em relação à Ucrânia, segundo a decisão judicial.

Cintula, de 71 anos, "quer que seja fornecida ajuda militar à Ucrânia e considera o atual Governo [eslovaco] um Judas na União Europeia" e, portanto, "decidiu agir", revelam os materiais aos quais teve acesso a mídia local Pravda.

A ordem com a qual o juiz de instrução do Tribunal Penal Especializado de Pezinok enviou Cintula para prisão preventiva cita os detalhes do interrogatório anterior, já que o suspeito exerceu seu direito de permanecer em silêncio no tribunal.

Cintula, que pode pegar de 25 anos a prisão perpétua, se for declarado culpado, também acusou o Governo de Fico de perseguir as mídias e os trabalhadores culturais.

O suspeito declarou que não pretendia assassinar Fico, mas apenas prejudicar sua saúde para que não pudesse exercer o cargo de chefe de Governo. Armado com uma pistola que possuía desde 1992 e dois carregadores, disparou cinco tiros.

Além disso, alegou ter agido sozinho e que ninguém sabia de seus planos de atacar o primeiro-ministro.