
Putin envia mensagem a Maduro 'relembrando as conquistas históricas' entre Rússia e Venezuela

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, anunciou nesta quarta-feira (24) que o presidente Nicolás Maduro recebeu uma "mensagem de felicitações" de seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Segundo ele, o mandatário russo relembrou na carta "as conquistas históricas da relação entre os dois povos e governos, como a assinatura do Tratado de Cooperação Estratégica" e, além disso, também expressou "solidariedade ao povo venezuelano".

Em sua postagem no Telegram, Gil compartilhou a carta na íntegra, datada de 17 de dezembro. "Sua Excelência, Sr. Presidente, caro Nicolás, estendo minhas sinceras felicitações por ocasião do Natal e do Ano Novo", diz a carta.
"O ano passado foi bastante bem-sucedido para as relações russo-venezuelanas", comentou Putin. "Gostaria de reiterar nossa solidariedade ao povo da Venezuela, que enfrenta uma pressão externa sem precedentes, bem como nossa disposição de continuar trabalhando em estreita colaboração em questões atuais da agenda bilateral e internacional", afirmou.
Agressões dos EUA
Escalada militar: em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, sob o pretexto de "combater o narcotráfico". Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, matando dezenas de pessoas.
Falsos pretextos: Washington acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto "cartel de drogas". As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
Infiltrações de inteligência: Donald Trump admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, em meados de outubro. Maduro indagou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) [Que] não conspira contra o comandante Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
Postura venezuelana: Maduro denuncia que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
Condenação internacional: O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, sob alegações de "combate ao narcotráfico", que resultaram em pelo menos 100 mortos. Os bombardeios também foram condenados pelos governos de países como Rússia, Colômbia, México e Brasil. Peritos da ONU afirmaram que as ações americanas se tratam de "execuções sumárias", em violação ao direito internacional.
