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Saiba tudo sobre a 'Frota Dourada' de Trump com navios de guerra batizados em sua homenagem

Segundo o presidente americano, os navios de até 20 mil toneladas serão "maiores, mais rápidos e cem vezes mais potentes" do que qualquer navio de guerra americano anterior.
Saiba tudo sobre a 'Frota Dourada' de Trump com navios de guerra batizados em sua homenagemGettyimages.ru

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (22) os planos de construir dois novos navios de guerra, que formarão a chamada "classe Trump", núcleo do projeto "Frota Dourada".

Os encouraçados, descritos como "cem vezes mais potentes" que qualquer embarcação anterior, teriam até 20 mil toneladas e seriam equipados com armas hipersônicas, canhões de trilho elétrico, lasers e capacidade nuclear. O primeiro será chamado USS Defiant.

Trump afirmou que a construção terá início imediato, com prazo de dois anos e meio, e que a frota poderá chegar a 25 navios.

Contra quem é dirigido?

Em outubro, o Wall Street Journal informou que a Frota Dourada faz parte dos esforços da Casa Branca para aumentar o poder naval dos EUA e contrabalançar a China. Especialistas, porém, divergem sobre a necessidade de um grande navio de guerra para enfrentar o país asiático.

Questionado se o projeto mira a China, Trump negou. "É uma resposta a todos. Só queremos a paz através da força", declarou.

Desafios e críticas

Analistas apontam obstáculos significativos. A indústria naval americana enfrenta crise, com estaleiros operando no limite e atrasos em projetos como os submarinos da classe Columbia, segundo o Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO). A capacidade de construção naval da China, Japão e Coreia do Sul é considerada superior, escreveu o Axios.

A falta de mão de obra qualificada e de projetos de engenharia para os novos navios torna o prazo anunciado "pouco realista", de acordo com especialistas.

O financiamento também é questionado. O orçamento atual do Pentágono não cobre iniciativas tão ambiciosas, e cada navio da Classe Trump poderia custar até US$ 15 bilhões, contra cerca de US$ 2 bilhões de um destruidor atual, informou a USNI News.