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Pastor é acusado de provocar suicídio da esposa após longo período de assédio virtual

John-Paul Miller enviava mensagens constantes, interferia nas finanças e chegou a danificar pneus do carro da vítima; se condenado, pode cumprir até sete anos de prisão.
Pastor é acusado de provocar suicídio da esposa após longo período de assédio virtualGabinete do Xerife do Condado de Robeson

Um pastor da Carolina do Sul (EUA) foi acusado em um tribunal federal de assediar virtualmente a própria esposa por mais de um ano antes de sua morte, informou a Fox News na segunda-feira (22). 

Um grande júri federal em Columbia indiciou na quinta-feira passada John-Paul Miller, de 46 anos, por ciberassédio e por prestar informações falsas a investigadores federais.

A esposa do acusado, Mica Miller, de 30 anos, foi encontrada morta em 27 de abril de 2024 no Parque Estadual Lumber River, no condado de Robeson, na Carolina do Norte.

As autoridades concluíram que ela morreu por ferimento de arma de fogo autoinfligido, e o escritório do médico legista classificou o caso como suicídio.

Segundo a acusação, Miller começou em novembro de 2022 um padrão de assédio contra Mica que se estendeu até seu falecimento. O documento judicial afirma que o pastor a contatou mais de 50 vezes em um único dia, enviou comunicações indesejadas repetidamente, interferiu em suas finanças e atividades diárias e danificou os pneus do veículo dela.

Se condenado, Miller pode cumprir até cinco anos de prisão pela acusação de ciberassédio e mais dois anos por fornecer informações falsas, além de multas que podem chegar a 250 mil dólares.

Miller era pastor da Igreja Solid Rock, em Myrtle Beach, e o casal estava separado. Mica havia solicitado o divórcio dois dias antes de morrer.