Rússia: O BRICS representa uma "ordem mundial mais justa"
Em uma entrevista concedida nesta quarta-feira, Sergey Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, declarou que apesar das sanções internacionais "sem precedentes" impostas contra seu país, a Rússia atingiu níveis comerciais recordes com o Brasil, a Índia e a China - os membros fundadores do BRICS.
Apesar das sanções terem prejudicado, por exemplo, o financiamento de projetos do Novo Banco de Desenvolvimento (o Banco dos BRICS) na Rússia, os índices de comércio e os tratados assinados na área da saúde e da cooperação espacial mostram, efetivamente, que as sanções "tiveram o efeito oposto do que os autores planejavam".
Um aspecto importante de nosso trabalho será aprimorar o papel dos países do BRICS no sistema monetário e financeiro internacional, desenvolver a cooperação interbancária, facilitar a transformação do sistema de liquidação internacional e expandir o uso das moedas nacionais dos países do BRICS em seu comércio entre si.
De acordo com o representante, o BRICS foi criado para "libertar os estados do Sul Global e do Leste Global do papel de fornecedores obedientes de mão de obra barata e matérias-primas" imposto pelo Ocidente e para "consolidar o direito de todas as nações de preservar sua identidade, autodeterminação'' e seus ''valores tradicionais".
Essa abordagem, que não exclui agentes "dispostos e prontos a construir cooperação benéfica com a comunidade internacional", atrai "a maior parte dos Estados no planeta", acrescentou Ryabkov ao ser indagado sobre os motivos por trás da crescente popularidade da aliança - que desde o início do ano, passou a ter o Egito, Etiópia, Irã e os Emirados Árabes Unidos como integrantes .