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Irã manifesta solidariedade à Venezuela diante de ações 'ilegais' dos EUA no Caribe

Chanceler iraniano critica ações unilaterais dos EUA e reforça apoio à soberania venezuelana em meio a tensão no Caribe.
Irã manifesta solidariedade à Venezuela diante de ações 'ilegais' dos EUA no CaribeGettyimages.ru / Eduardo Munoz Alvarez / Stringer

O Irã expressou apoio à Venezuela frente à presença militar dos Estados Unidos no Caribe. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araghchi, em conversa telefônica com seu colega venezuelano, Iván Gil.

Segundo a Chancelaria iraniana, Araghchi "manifestou a solidariedade do Irã ao povo venezuelano e ao seu governo eleito, ressaltando a responsabilidade da comunidade internacional de se opor firmemente às medidas ilegais e unilaterais dos Estados Unidos, que, segundo ele, representam uma ameaça explícita à paz e à estabilidade regional e mundial".

Agressões dos EUA

  • Escalada militar: Os Estados Unidos, em agosto, enviaram navios de guerra, um submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, alegando sua suposta disposição em combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, deixando dezenas de mortos.
  • Falsos pretextos: Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
  • Infiltrações de inteligência: O presidente americano Donald Trump admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, em meados de outubro. Maduro perguntou, em resposta: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) [Que] não conspira contra o comandante [Hugo] Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou ele.
  • Postura venezuelana: Maduro afirma que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
  • Condenação internacional: O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, supostamente para combater o narcotráfico, que resultaram em mais de 60 mortos. Os bombardeios também foram criticados pelos governos de países como RússiaColômbiaMéxico e Brasil. Peritos da ONU afirmaram que as ações americanas se tratam de "execuções sumárias", em violação ao que consagra o direito internacional.