As alterações que ucranianos e europeus estão tentando introduzir no plano de paz não os aproximam de um acordo, declarou Yuri Ushakov, assessor presidencial russo, durante coletiva de imprensa neste domingo (21).
"Tenho certeza de que as propostas que europeus e ucranianos fizeram ou estão tentando fazer certamente não melhoram o documento nem aumentam a possibilidade de se alcançar uma paz duradoura", ponderou.
Alterações nos termos de paz
O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, afirmou na quinta-feira (18) que a Ucrânia e Washington ainda não haviam chegado a um acordo sobre uma versão final do plano de paz, citado pela mídia local. "Existe um plano que os Estados Unidos discutiram conosco e estão negociando com a Rússia. A versão final de qualquer plano é a versão acordada. Por enquanto, não há uma versão acordada do plano", declarou.
Suas declarações ocorrem em meio a tentativas de Kiev e seus parceiros de alterar a versão inicial do plano de paz do presidente Donald Trump, que consideram benéfica para a Rússia.
Os 28 pontos da proposta inicial de Washington incluíam a exclusão da Ucrânia da OTAN, o levantamento gradual das sanções impostas à Rússia e a realização de eleições presidenciais na Ucrânia 100 dias após a entrada em vigor do documento, além de questões territoriais e a redução das forças armadas ucranianas para 600 mil soldados. Entretanto, autoridades americanas indicaram posteriormente que alguns pontos já haviam sido modificados, mas não especificaram quais.
Enquanto isso, o Kremlin já declarou que a participação europeia nas negociações com a Ucrânia "não é um bom presságio".
- As últimas rodadas de negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia foram realizadas em Berlim, nos dias 14 e 15 de dezembro. Zelensky participou e se reuniu com os enviados especiais de Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner.
- Atualmente, Kirill Dmitriev, enviado especial do presidente russo e CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, está em Miami, realizando negociações para tentar resolver o conflito. O alto funcionário descreveu as negociações como "construtivas". Witkoff e Kushner também estão participando pelo lado americano.