O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou, nesta sexta-feira (19), centenas de milhares de páginas de documentos relacionados ao caso do financista e predador sexual Jeffrey Epstein, já falecido. De acordo com um alto funcionário ouvido pela imprensa local, novos materiais devem ser tornados públicos nos próximos dias.
O site da agência inclui um aviso de privacidade que destaca os "esforços razoáveis" feitos para revisar e ocultar dados pessoais de vítimas e outros indivíduos, bem como para proteger materiais sensíveis. Reconhece também que, devido ao volume de informações, alguns documentos podem conter dados de identificação ou sensíveis, incluindo material sexualmente explícito.
O próprio Departamento alerta ainda que alguns documentos contêm descrições de agressão sexual e "podem não ser apropriados para todos os leitores".
Os arquivos foram disponibilizados em diferentes formatos e incluem fotografias e outros conteúdos ligados às investigações.
Nesta sexta-feira, se completam 30 dias desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou uma lei bipartidária que obriga o Departamento de Justiça a entregar todos os registros, documentos, comunicações e materiais de investigação não classificados — além de informações classificadas, na maior extensão possível — relacionados ao caso.
- O bilionário norte-americano Jeffrey Epstein foi condenado em 2008 pela compra de serviços sexuais de uma menor de idade e, posteriormente, acusado de tráfico sexual de menores em larga escala. Ele era conhecido por seu círculo de amizades com políticos, celebridades e empresários, e sua residência privada na ilha Little Saint James, no Caribe, tornou-se o epicentro de diversas investigações por abuso sexual.
- Epstein morreu em 2019 em sua cela em uma prisão de Nova York, enquanto respondia a acusações federais. A morte encerrou parcialmente o processo contra ele, mas deixou abertas múltiplas investigações sobre seus associados e possíveis redes de exploração.