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Chefe de redação da The Economist afirma que a RT está entre os veículos que mais crescem no mundo

Zanny Minton Beddoes também reconheceu dificuldades enfrentadas pela BBC no cenário internacional de mídia.
Chefe de redação da The Economist afirma que a RT está entre os veículos que mais crescem no mundoSputnik / Konstantin Mikhalchevsky/RIA Novosti

A chefe de redação da revista britânica The Economist, Zanny Minton Beddoes, afirmou que a RT está entre os meios de comunicação que mais crescem no mundo. A declaração foi feita em participação no podcast Media Confidential, exibido em 15 de dezembro.

Durante a conversa, Beddoes destacou que, em um contexto de consumo internacional de informação, veículos estatais têm registrado crescimento acelerado.

"É surpreendente que, em um mundo no qual se observam as fontes de informação globais, as que estão crescendo mais rapidamente são Russia Today e organizações estatais chinesas", afirmou.

No mesmo podcast, a jornalista também comentou a situação da BBC, classificando a emissora britânica como um ativo relevante para o Reino Unido, mas reconhecendo os desafios enfrentados.

"Acho que a BBC é um ativo extraordinário para o Reino Unido neste momento", disse. Em seguida, acrescentou: "Sim, está em uma situação difícil" e "sim, cometeu erros", em referência a críticas recentes, incluindo uma ação judicial movida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionada à edição de um vídeo de um discurso de 2021.

'Feroz batalha pelas mentes'

Em 5 de dezembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a cerimônia de lançamento do canal RT India, em Nova Delhi, afirmou que o fechamento da RT em alguns países ocorre "por medo da verdade". Segundo o mandatário, a "Russia Today é uma fonte de informação o mais limpa possível" e está "totalmente focada em servir aos interesses de seus espectadores".

Putin também mencionou a emissora em 17 de outubro, durante a cerimônia que marcou o 20º aniversário da RT, realizada no Teatro Bolshoi. Na ocasião, destacou a importância da busca pela verdade e desejou "desenvolvimento contínuo, a busca de novos formatos e novos temas na feroz batalha pelas mentes e os corações das pessoas".

Ainda segundo o presidente russo, "para ganhar essa batalha, é necessário continuar utilizando sua arma estratégica secreta de alta precisão de alcance intercontinental: a verdade".

Escândalo envolvendo a BBC

O escândalo eclodiu em 7 de novembro, quando o jornal The Telegraph informou que várias cenas do discurso do republicano haviam sido modificadas e combinadas para dar a impressão de que o então presidente estava incentivando seus seguidores a invadir o Capitólio.

Na versão manipulada, Trump afirmava: "Vamos caminhar até o Capitólio e eu estarei lá com vocês e lutaremos. Lutaremos como demônios. Se não lutarem com todas as suas forças, não terão mais um país".

No entanto, no discurso original, Trump havia exortado seus seguidores a marcharem "pacificamente e com patriotismo".

Após o escândalo, o diretor-geral da BBC, Tim Davie, e sua diretora de notícias, Deborah Turness, renunciaram ao reconhecer que cometeram erros.

Em meados de novembro, a BBC apresentou um pedido formal de desculpas ao presidente americano, reconhecendo um "erro de julgamento".

No entanto, a rede rejeitou o pedido de indenização, após declarar que não voltará a transmitir o controverso episódio.

A emissora anunciou na terça-feira (19) que se defenderá nos tribunais. "Como já deixamos claro, vamos nos defender neste caso", afirmou um porta-voz da BBC, acrescentando que a rede não fará mais comentários enquanto o processo judicial estiver em andamento.