O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta quinta-feira (18) sobre o processo de negociação entre as delegações americanas e da Ucrânia a respeito da resolução do conflito do país com a Rússia, observando que espera que Kiev "aja rapidamente".
"Bem, eles estão chegando perto de um acordo, mas espero que a Ucrânia aja rapidamente. Espero que a Ucrânia aja rapidamente, porque a Rússia está envolvida", disse Trump em resposta a uma pergunta da imprensa sobre o possível encontro entre as partes neste fim de semana em Miami, na Flórida.
"E, sabe, toda vez que [as autoridades ucranianas] adotam uma postura muito rígida, a Rússia muda de ideia", acrescentou Trump. Nesse contexto, o presidente indicou que, em sua opinião, o conflito ucraniano é "o pior desde a Segunda Guerra Mundial". Na fala, o mandatário também reiterou que, durante seu segundo mandato, encerrou oito guerras.
"Eu pensei que este [conflito] seria mais fácil. Por causa da animosidade, do ódio, é um pouco mais difícil do que pensávamos. Mas há uma chance de conseguirmos resolvê-lo em breve", enfatizou o presidente americano
Ucrânia em desgaste
O ministro da Defesa russo, Andrey Belousov, afirmou na quarta-feira (17) que o colapso do exército ucraniano é inevitável, e os apoiadores ocidentais do regime de Kiev também entendem isso. Ele enfatizou ainda que a principal prioridade das forças armadas russas é garantir o cumprimento dos objetivos da operação militar especial, conforme definidos pelo comandante supremo, o presidente Vladimir Putin.
As forças russas mantêm vantagem significativa na frente de batalha, avançando em várias direções. Entre as conquistas recentes estão a libertação das cidades de Kupiansk e Volchansk, na província de Kharkov, e de Krasnoarmeisk (chamada de Pokrovsk na Ucrânia), na República Popular de Donetsk.
Entre 6 e 12 de dezembro, após semanas de combates, as Forças Armadas russas libertaram oito vilarejos na zona de operações especiais, incluindo a cidade estratégica de Seversk, na República Popular de Donetsk. A agrupamento Sever ["Norte" em russo] concluiu ainda a libertação da cidade de Liman, na província de Kharkov.
- As últimas rodadas de negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia foram realizadas em Berlim, nos dias 14 e 15 de dezembro. Vladimir Zelensky esteve presente, reunindo-se com os enviados especiais de Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner.
- As negociações foram conduzidas em coordenação com os parceiros europeus de Kiev. Especificamente, cinco documentos relacionados à resolução de conflitos foram discutidos na presença deles, revelou Zelensky.
- O próprio líder do regime ucraniano descreveu as negociações em Berlim como "nada fáceis". "Mas foi uma conversa produtiva, com muitos detalhes, muitos mesmo", disse ele.
- Após a reunião, o presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou que a Ucrânia já perdeu território no conflito com a Rússia e deveria fazer concessões. Enquanto isso, a Reuters informa que Kiev solicitou novas negociações em vista das significativas divergências sobre a questão territorial.