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"Os militares não negociam": cinco "terroristas" mortos e mais de 300 detidos pelas Forças Armadas do Equador

Em uma coletiva de imprensa, foi feita a primeira avaliação das ações tomadas no país contra as facções criminosas.
"Os militares não negociam": cinco "terroristas" mortos e mais de 300 detidos pelas Forças Armadas do EquadorRT / Captura de tela

As Forças Armadas do Equador informaram na quarta-feira que mataram cinco "terroristas" e prenderam outros 329, em meio à "guerra" declarada contra grupos narcoterroristas.

"Os militares não negociam (...) certos grupos persistem em querer exercer pressão, pressão à qual não cederemos", disse o almirante Jaime Vela Erazo, chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, em uma coletiva de imprensa.

Um soldado também foi ferido, mas não durante o combate. "Saímos vitoriosos contra esses terroristas", enfatizou Vela.

Por outro lado, a Polícia Nacional registrou duas mortes e um policial "em estado muito crítico".

Por sua vez, o comandante geral da Polícia Nacional, César Zapata, informou que quatro de seus colegas que haviam sido sequestrados foram libertados, mas dois ainda estão sob sequestro.

Resultados

Em sua primeira avaliação, depois que os grupos terroristas foram classificados como "objetivos militares", Vela disse que 61 armas, 418 cartuchos de munição e 24 explosivos foram apreendidos. Eles também resgataram 41 reféns e recapturaram 28 condenados foragidos.

"Nenhum refém foi morto", informou o almirante.

Vela reiterou que o Decreto 111, assinado no dia anterior pelo presidente Daniel Noboa, tem o objetivo de "identificar as forças que vão se opor" tanto aos militares quanto à polícia em seus esforços para restaurar a paz no país.

Horas depois que as autoridades do país vizinho, o Peru, reconheceram a existência de munições peruanas no Equador, Vela foi consultado sobre o assunto e indicou que "não pode confirmar" a existência de armas dessa nação em seu território.

Crise grave

A profunda crise de violência armada que tomou o Equador de assalto nas últimas horas, e que resultou em um caos generalizado que atingiu a província de Guayas em particular, deixou um número oficial de pelo menos 14 pessoas mortas, vários feridos, outros sequestrados, vários veículos incendiados e explodidos, e dezenas de presos.

"Estamos em um estado de guerra e não podemos ceder a esses grupos terroristas", enfatizou Noboa na quarta-feira. "Estamos em um conflito armado, não internacional, estamos lutando pela paz nacional", acrescentou ele em uma entrevista à estação de rádio local Radio Canela.