Os Estados Unidos aprovaram na quarta-feira (17) uma venda de armas no valor de US$ 11,1 bilhões (cerca de R$ 61 bilhões) a Taiwan. É o maior pacote já autorizado de fornecimento de equipamentos militares americanos para a ilha, informou a Reuters.
Todo o pacote engloba oito acordos de venda, incluindo 82 sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS) e 420 mísseis táticos do Exército (ATACMS), avaliados em mais de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões).
Também estão previstos 60 obuses autopropulsados e equipamentos associados, drones, software militar, mísseis Javelin e TOW, peças de reposição para helicópteros e kits de recondicionamento de mísseis Harpoon.
O acordo – que conta com amplo apoio de democratas e republicanos –, segue agora para análise do Congresso. Em comunicados separados, o Pentágono afirmou que a venda atende a interesses econômicos e de segurança nacional ao apoiar a modernização das forças de Taiwan, garantindo uma "capacidade defensiva credível".
A porta-voz do governo taiwanês, Karen Kuo, agradeceu as vendas e afirmou que Taiwan seguirá demonstrando "determinação em nos defender e salvaguardar a paz por meio da força".
Autoridades chinesas reiteram que os EUA devem respeitar o princípio de uma só China e tratar a questão de Taiwan com cautela, suspendendo todo o apoio à ilha. Pequim destaca que a região "nunca foi um país e nunca será", pois "Taiwan é parte inalienável do território da China".
- Taiwan é autogovernada desde 1949, mas a China a considera parte inseparável de seu território. A maioria dos países do mundo, incluindo Rússia e Brasil, reconhece a ilha como parte da República Popular da China.