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China: 'A direita japonesa é acostumada a fabricar narrativas'

O porta-voz da chancelaria chinesa afirmou que grupos conservadores do Japão promovem revisionismo sobre a Segunda Guerra Mundial, minimizando crimes do Exército Imperial e distorcendo episódios como Nanjing, a Unidade 731 e o uso de trabalho forçado e escravidão sexual.
China: 'A direita japonesa é acostumada a fabricar narrativas'Gettyimages.ru / Picture alliance / Contributor

O governo chinês denunciou setores da direita japonesa por difundirem sistematicamente "narrativas falsas" sobre o passado militar do Japão, especialmente no contexto da Segunda Guerra Mundial. Declarou nesta quarta-feira (17) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, segundo a agência de notícias Xinhua.

Guo comentou afirmações que classificam o Japão como "amante da paz" e negam crimes cometidos pelo Exército Imperial Japonês. Segundo ele, esse tipo de discurso ignora fatos históricos amplamente documentados e promove o revisionismo.

De acordo com o porta-voz, grupos de direita no Japão descrevem a guerra de agressão contra países asiáticos como uma suposta "libertação da Ásia" e minimizam o massacre de Nanjing, no qual centenas de milhares de civis chineses foram mortos, ao se referirem ao episódio como o "incidente de Nanjing".

Guo denunciou ainda tentativas desses setores japoneses de "limpar" a imagem da Unidade 731, responsável por experimentos em humanos, ao retratá-la como uma organização voltada a "pesquisas em higiene".

Ele também apontou "distorção deliberada" de fatos como o recrutamento forçado para trabalho escravo e a escravidão sexual de mulheres durante a guerra, conhecidas como "mulheres de conforto", apresentadas por esses setores como práticas "voluntárias".