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Venezuela denuncia EUA no Conselho de Segurança da ONU, alegando 'roubo' de petroleiro

Caracas acusa Washington de confiscar ilegalmente o navio Skipper, exige a libertação da tripulação e cobra do Conselho de Segurança uma condenação formal e medidas para impedir novas ações contra a exportação de petróleo venezuelano.
Venezuela denuncia EUA no Conselho de Segurança da ONU, alegando 'roubo' de petroleiroGettyimages.ru / Michael M. Santiago

O governo da Venezuela entregou à presidência do Conselho de Segurança da ONU, atualmente exercida pela Eslovênia, uma carta para denunciar "o roubo do petroleiro Skipper por parte do governo dos EUA, em um ato típico de pirataria, totalmente violador do direito internacional". A informação foi divulgada nesta terça-feira (16)  pelo representante da nação bolivariana no organismo, Samuel Moncada, que ressaltou não se tratar de "um fato isolado", mas de algo que "se insere em uma política sustentada de coerção e agressão" da Casa Branca contra o país.

Caracas exigiu de Washington "a libertação imediata e sem condições da tripulação sequestrada, a devolução imediata do petróleo venezuelano ilegalmente confiscado em alto-mar e o fim imediato de qualquer ação de força ou interferência contra a comercialização legal do petróleo venezuelano".

Ao mesmo tempo, o país instou o Conselho de Segurança a condenar o ocorrido, adotar medidas para evitar a repetição dessas ações, qualificadas como mecanismos de coerção.

"As autoridades venezuelanas afirmaram que a coerência do sistema multilateral exige que os mesmos princípios e condenações aplicados por este Conselho diante da pirataria em outras regiões do mundo sejam aplicados hoje contra a pirataria exercida por um Estado por meio do uso de sua força militar. Tolerar ou normalizar esse tipo de conduta equivaleria a legitimar o caos na navegação marítima internacional, o que é absolutamente incompatível com a Carta das Nações Unidas, o direito do mar e o mandato fundamental deste Conselho."