Lula defende atuação do STF: 'presidente da República não tem nem como dar opinião sobre isso'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não interfere nas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e que cabe apenas ao ministro Flávio Dino comentar sobre a decisão da Corte que determinou buscas e apreensões da Polícia Federal na Câmara dos Deputados na última sexta-feira (12).

Ex-assessora de Arthur Lira é alvo de operação da PF sobre emendas parlamentares

Em entrevista ao SBT News publicada na segunda-feira (15), Lula destacou a independência do Judiciário e reforçou seu histórico pessoal em relação à Suprema Corte.

"Se eu tivesse interferência na Suprema Corte, eu teria ficado preso 580 dias? A verdade é que a Suprema Corte é totalmente independente e autônoma, e é bom que seja assim", disse o presidente.

O presidente destacou que o Poder Executivo não deve se manifestar sobre atos do Judiciário. Para Lula, diante de investigações em curso, denúncias formais e elementos reunidos nos autos, a definição cabe exclusivamente ao ministro do Supremo Tribunal Federal que conduz o processo.

A Operação Transparência, conduzida pela PF na sexta-feira, teve entre os alvos Mariângela Fialek, ex-assessora do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, e atualmente lotada no gabinete da liderança do Partido Progressista (PP), com salário de R$ 23 mil.