Magnata doa milhares de dólares a pedestre que desarmou atirador em massacre na Austrália

William Ackman, multimilionário americano e gestor de fundos de cobertura, doou cerca de 100 mil dólares australianos (R$ 365 mil) para uma campanha do GoFundMe em favor de Ahmed al Ahmed, pedestre que desarmou um dos atiradores do massacre na Austrália no domingo (14), informou a agência de notícias Reuters nesta segunda-feira (15).

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De acordo com seus próprios familiares citados na reportagem, al Ahmed está atualmente no hospital, recuperando-se dos disparos que recebeu no braço e na mão durante seu confronto com o atirador.

"Ele ainda está no hospital e não sabemos exatamente o que está acontecendo, mas esperamos que se recupere", declarou seu primo Mustafa ao veículo local 7News, durante reportagem que revelou que Ahmed não tem qualquer experiência com armas de fogo.

Ahmed, de 43 anos, é vendedor de frutas em Sydney e pai de dois filhos. Um vídeo divulgado nas redes sociais registrou o momento em que ele se aproxima do agressor, escondendo-se atrás de alguns carros, para depois se lançar sobre ele, desarmá-lo e, finalmente, apontar sua própria arma para obrigá-lo a fugir.

Após o ato heróico, o homem recebeu elogios de autoridades. "Não há dúvida de que muitas, muitas pessoas estão vivas esta noite graças à coragem dele", declarou o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu Ahmed como "uma pessoa muito, muito corajosa" que salvou muitas vidas.

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O ataque

Dois homens armados abriram fogo de uma ponte contra uma multidão na praia de Bondi, onde mais de mil pessoas estavam reunidas para a celebração judaica do primeiro dia do Hanukkah, no domingo (14).

O número de mortos subiu para 15, enquanto outras 29 pessoas ficaram feridas, incluindo dois policiais, informou a mídia local. Todas as vítimas do ataque foram hospitalizadas.

O ataque foi classificado como "um incidente terrorista", declarou o comissário da Polícia do estado australiano de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon. Autoridades ao redor do mundo condenaram o ataque como uma manifestação de antisemitismo.