
Moscou manifesta apoio a Maduro e critica pressões sobre a Venezuela

A Rússia manifestou solidariedade ao povo da Venezuela e reafirmou apoio ao presidente Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (15) Alexander Shchetinin, diretor do Departamento da América Latina do Ministério das Relações Exteriores russo, durante a inauguração do III Fórum da Juventude Russo-Venezuelana.
Shchetinin afirmou que Caracas "se encontra atualmente sob uma aberta pressão política e chantagem militar".
"Nestes dias, expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano e reafirmamos nosso apoio à política do Governo de Nicolás Maduro, voltada para proteger os interesses nacionais e a soberania da pátria", declarou.

Agressões dos EUA
Escalada militar: em agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra, submarino, caças e tropas para a costa da Venezuela, sob o pretexto de "combater o narcotráfico". Desde então, foram realizados vários bombardeios a supostas lanchas com drogas no mar do Caribe e no Oceano Pacífico, matando dezenas de pessoas.
Falsos pretextos: Washington acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto "cartel de drogas". As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
Infiltrações de inteligência: Donald Trump admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano, em meados de outubro. Maduro indagou: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) [Que] não conspira contra o comandante Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou.
Postura venezuelana: Maduro denuncia que o verdadeiro objetivo dos EUA é uma "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
Condenação internacional: O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, sob alegações de "combate ao narcotráfico", que resultaram em mais de 60 mortos. Os bombardeios também foram condenados pelos governos de países como Rússia, Colômbia, México e Brasil. Peritos da ONU afirmaram que as ações americanas se tratam de "execuções sumárias", em violação ao direito internacional.
