União Europeia aprova o uso de receitas de ativos congelados da Rússia para ajudar a Ucrânia

Os estados membros da União Europeia (UE) aprovaram, nesta terça-feira, um plano para utilizar os recursos dos ativos russos congelados para apoiar a recuperação e o setor militar da Ucrânia, declarou o ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, Jan Lipavsky.

"Nós, na UE, aprovamos o uso dos recursos provenientes dos ativos congelados do Banco Central russo para ajudar a Ucrânia", escreveu ele em sua conta no X.

G7 estaria considerando não confiscar totalmente os ativos russos por medo de represálias

Lipavsky detalhou que essa medida fornecerá à Ucrânia até 3 bilhões de euros (cerca de US$ 3,3 bilhões) este ano - 90% dos quais serão destinados ao exército ucraniano.

Recentemente, o Kremlin advertiu que, se os países europeus entregassem os recursos dos fundos russos congelados à Ucrânia, eles enfrentariam consequências negativas. O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, disse que a UE "destruiria sua própria atratividade de investimento" e "as bases de sua economia", porque a propriedade privada ou o direito de um Estado sobre suas posses "é sagrado e não pode ser tocado".

"E se eles violarem isso [a propriedade privada] uma vez, receberão uma reação imediata dos investidores e prejudicarão a reputação que conquistaram ao longo de muitas décadas. Em resumo, eles cortarão o galho em que estavam sentados", explicou.