Um levantamento divulgado no sábado (13) pelo jornal francês La Tribune indica um cenário de desgaste acentuado no topo do Executivo da França, com queda expressiva na popularidade do presidente Emmanuel Macron, apoio dividido ao primeiro-ministro Sébastien Lecornu e retração nas ambições políticas do ex-premiê Édouard Philippe para a eleição presidencial de 2027.
No caso de Emmanuel Macron, o levantamento aponta continuidade da queda. A aprovação do presidente alcançou 18%, com níveis elevados de rejeição entre eleitores do Reagrupamento Nacional e do Partido Socialista.
Édouard Philippe foi o nome com a maior retração no radar de possíveis sucessores de Macron. De acordo com o jornal, a parcela de franceses que se dizia satisfeita com a hipótese de sua eleição ao Palácio do Eliseu em 2027 caiu de 36%, em março de 2024, para 18% em novembro de 2025.
Segundo a pesquisa citada pelo jornal, a taxa de aprovação de Sébastien Lecornu chegou a 29% em dezembro, quatro pontos acima do registrado em novembro. No entanto, o apoio ao primeiro-ministro recuou entre partidos do próprio campo governista, incluindo o Renaissance, o Movimento Democrata e o Horizons.
Entre os Republicanos, onde a avaliação é mais frágil, a taxa ficou em 45% de opiniões favoráveis. Para o jornal, o movimento reflete concessões que "não satisfazem seu próprio campo".
De olho em 2027
Em paralelo, uma pesquisa exclusiva do Le Figaro, divulgada em 3 de dezembro, mostrou que, a um ano e meio da eleição presidencial, o nome mais bem posicionado é Jordan Bardella, do Reagrupamento Nacional, com 44% das intenções de voto, seguido por Marine Le Pen, com 40%. O campo presidencial aparece na sequência, com 37%, liderado por Édouard Philippe.