Uma pesquisa internacional realizada pela empresa norte-americana de serviços financeiros Remitly apontou York como a cidade mais estressante do mundo.
O levantamento analisou 170 grandes centros urbanos e levou em conta cinco fatores que impactam diretamente a qualidade de vida dos moradores:
- tempo médio de deslocamento
- custo de vida
- qualidade do sistema de saúde
- índice de criminalidade
- nível de poluição do ar
Com nota 7,56 em uma escala de 0 a 10, Nova York lidera o ranking global. A cidade registrou o maior custo de vida entre todas as analisadas e enfrenta desafios como congestionamentos frequentes e um ambiente urbano altamente poluído.
O tempo médio para percorrer apenas 10 km é de mais de 31 minutos, enquanto os índices de criminalidade e poluição permanecem entre os mais elevados.
Logo atrás da metrópole norte-americana aparecem Dublin e Cidade do México. No caso da capital mexicana, a segurança pública foi o principal fator de estresse, com um índice de criminalidade de 66,8 — o mais alto entre as dez cidades mais estressantes.
São Paulo ocupa o 8º lugar
A única representante da América do Sul no ranking, São Paulo ficou em oitavo lugar, com uma pontuação de 7,14. De acordo com a pesquisa, o principal fator de estresse para os paulistanos é a criminalidade, com índice de 70, superando inclusive cidades como Londres e Milão.
A capital paulista também enfrenta níveis elevados de poluição atmosférica, com média anual de 15,9 µg/m³ de partículas PM2.5. O tempo médio de deslocamento urbano é de 27 minutos para cada 10 km, número considerado alto quando somado ao contexto geral de trânsito e infraestrutura. A cidade ainda registrou custo de vida com índice de 37,1 e um sistema de saúde avaliado com nota 60,2.
Estresse global reflete diferentes realidades urbanas
Segundo o relatório da Remitly, os fatores de estresse variam de acordo com o contexto de cada cidade. Enquanto o custo de vida foi o principal problema em centros urbanos da Europa e América do Norte, como Dublin e Londres, questões de segurança foram mais determinantes em cidades da América Latina e do Sudeste Asiático.
No extremo oposto do levantamento, Eindhoven, nos Países Baixos, foi considerada a cidade menos estressante do mundo, com nota 2,34. Utrecht, Groningen e Rotterdam, todas também localizadas nos Países Baixos, figuram entre as dez primeiras posições, ao lado de cidades como Canberra, na Austrália, e Tallinn, na Estônia.
O levantamento foi realizado com base em dados de fontes internacionais como Numbeo, TomTom e IQAir, compilados em outubro de 2025. A metodologia levou em conta fatores mensuráveis que impactam o cotidiano urbano e contribuem para o nível de estresse da população local.