Netanyahu: exigência "absurda" do TPI é um sinal de "novo antissemitismo"
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou na segunda-feira o pedido do promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, de mandados de prisão para ele e seu ministro da defesa, Yoav Gallant, como "novo antissemitismo".
"Como primeiro-ministro de Israel, rejeito com repulsa a comparação feita pelo promotor de Haia entre o Israel democrático e os assassinos em massa do Hamas. Isso é uma completa distorção da realidade", disse o alto funcionário em uma mensagem de vídeo. "É exatamente assim que se parece o novo antissemitismo, que passou dos campi [universitários] do Ocidente para o tribunal de Haia", acrescentou.
Netanyahu afirmou ainda que essa decisão "absurda" é dirigida contra todo o Estado de Israel. Nesse contexto, ele perguntou ao promotor "com que audácia" ele ousou comparar os combatentes do Hamas "que assassinaram, queimaram, massacraram, estupraram e sequestraram" israelenses com os militares das Forças de Defesa de Israel, "o exército mais moral do mundo".
"Prometo que nenhuma pressão e nenhuma decisão em qualquer fórum internacional nos impedirá de atacar aqueles que procuram nos destruir", reiterou o chefe de Governo israelense.
Por sua vez, o presidente dos EUA, Joe Biden, qualificou o pedido do TPI de "ultrajante" e enfatizou que não há equivalência entre Israel e o movimento palestino. "Sempre estaremos ao lado de Israel diante das ameaças à sua segurança", disse ele.