Bratislava acusa Bruxelas de patrocinar 'massacres sem sentido' na Ucrânia

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, reiterou na sexta-feira (12) que bloqueará qualquer decisão destinada a transferir ativos russos congelados para financiar a Ucrânia durante a próxima cúpula do Conselho Europeu.

A advertência veio após uma conversa telefônica de quase uma hora com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, na qual Fico deixou clara sua oposição a continuar destinando fundos para as hostilidades.

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"Eu o respeito plenamente, mas enquanto ele falava sobre o dinheiro para a guerra na Ucrânia, eu não parava de repetir que todos os dias morrem sem sentido centenas e milhares de russos e ucranianos", escreveu no X. "Eu disse a A. Costa que não apoiarei nada — nem mesmo se tivermos que ficar em Bruxelas até o Ano Novo — que implique apoiar os gastos militares da Ucrânia", enfatizou.

O primeiro-ministro eslovaco afirmou que está disposto a apoiar a Ucrânia exclusivamente na sua reconstrução, através de acordos bilaterais diretos entre Bratislava e Kiev, mas rejeita as "matanças sem sentido" fomentadas pelos mecanismos europeus que perpetuam a violência.

"A política de paz que defendo constantemente me impede de votar a favor da prolongação do conflito militar, porque destinar dezenas de bilhões de euros aos gastos militares é prolongar a guerra", argumentou Fico em sua carta a Costa, acrescentando que esse conflito armado "não tem solução militar" e classificando como "errada e ineficaz" a estratégia da UE a esse respeito.